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As Órbitas da Água

Novo longa metragem de Frederico Machado chega aos cinemas brasileiros em novembro de 2023. Um drama erótico onde orbita a dor, a solidão e a morte.

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sanguíneos fatalmente estagnados no afeto e no horror mútuos, do pai: senhor da vida e senha do fim.

O

s arquétipos estão lá como balizas temporais e dramatúrgicas, mas o movimento de “As Órbitas da Água” (2020), de Frederico Machado, remonta a matéria fluída que lhe orienta o percurso. Trajeto de um filho que retorna à sua aldeia original para concretizar um vaticínio, dos laços 

É um gesto quase antinaturalista na paisagem audiovisual brasileira, tão dedicada ao realismo e a suas formas tradicionais de representação. Machado, no entanto, não se vale de trucagens fantasiosas para implodir as leis elementares da organização do mundo diegético a que estamos habituados e nas quais as imagens são coladas umas às outras para servir a uma utopia narrativa.

 

Ao contrário, o realizador parece criar ali, na dessimetria dos planos, na relação barroca dos atores, nos extensos silêncios e na descarnada construção da atmosfera do filme; um espaço gravitacional da liberdade e da imaginação sem exceder, um só momento, os limites territoriais do real.

 

Quer dizer: o imaginário através do qual escorre “As Órbitas da Água” é secular, existia e vai continuar a existir depois da projeção, da duração do filme (seu ambiente, a motivação dos personagens e desfecho da trama, nos são, em grande medida, familiares ). A transgressão de Machado está justamente na insição que faz na lógica causal do entrecho cinematográfico: o rio não corre para o mar, as águas conjuradas pelo cineasta têm o seu próprio e sinuoso caminho. É o que podemos chamar, na ausência de um termo mais apropriado (e ainda por ser inventado), de cinema sensorial.

 

O “filme livre”, de um impulso criativo cuja cumplicidade com nosso olhar resulta menos das evidências materiais (do que vemos) e sim do que sentimos, escutamos e não (en)formamos segundo nossos preceitos mais usuais.

 

O filme perfaz mar, terra, lodo e sangue, além de outras substâncias etéreas como o desejo, o amor e a repulsa. Porém, nenhuma dessas estações líquidas e espirituais lhe são definidoras, nem nos sinalizam com precisão a nascente de tal poética. É tudo o instante, ora transparente, ora turvo, comum a um encontro das águas. Constelação em que orbita o cinema maranhense, entre sua beleza, solidão e morte. Um cinema que Frederico Machado teima em ressuscitar em cada novo filme, feito e escrito sempre à mão. É a sensação que nos passa.

Adolfo Gomes

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